segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Após quase 30 anos, Meryl Streep vence Oscar de melhor atriz


Meryl Streep, 62, venceu o Oscar de melhor atriz, na noite deste domingo, pelo seu papel como a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher no filme "A Dama de Ferro". O prêmio foi apresentado por Colin Firth.
"Você sente como uma criança de novo", ela disse aos jornalistas, segurando sua terceira estatueta. "E, quando eu ganhei, eu era uma criança! Aliás, duas das indicadas não tinham nem sido concebidas ainda", ela continuou, brincalhona, fazendo referência a Michelle Williams e Rooney Mara.

Disse ainda que estava usando um par de sapatos que pertenceu a Margareth Thatcher.

Foi 17ª vez que ela foi indicada para a premiação --recorde-- e a terceira vez que vence ("A Escolha de Sofia", em 1982, e melhor atriz coadjuvante por "Kramer vs. Kramer", em 1979), uma marca só alcançada por Ingrid Bergman, Jack Nicholson e Walter Brennan, além de Katharine Hepburn, que possui quatro estatuetas douradas.

Ela já havia conquistado o Globo de Ouro e o prêmio da Associação de Críticos de Cinema de Nova York com sua interpretação da primeira mulher a alcançar o cargo de primeira-ministra do Reino Unido.

Meryl também foi a homenageada do Festival de Berlim 2012, que a premiou com um Urso de Ouro Honorário por sua carreira.

Concorreram ao Oscar de melhor atriz Glenn Close ("Albert Nobbs"), Viola Davis ("Histórias Cruzadas") e Rooney Mara ("Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres") e Michelle Williams ("Sete Dias com Marilyn").

"A Dama de Ferro" também venceu Oscar de melhor maquiagem pelo trabalho de Mark Coulier e J. Roy Helland.
Eu adorei ela ter ganho esse Oscar apensa de gosta muito da Viola Davis, e que ela já esta merecendo um Oscar e pelo possibilidade de ela não consegui um outro grande papel, a Meryl é a maior atriz do cinema atuando, e não era justo ela ser indicada tantas vezes e sai com as mãos abanado.


O FILME

O foco do enredo de "A Dama de Ferro", dirigido por Phyllida Lloyd e com roteiro de Abi Morgan, está na humanização de polêmica Margaret Thatcher, que governou a Inglaterra com mão de ferro entre 1979 e 1990, notabilizando-se por uma defesa estrita do monetarismo, da privatização de estatais, da flexibilização do mercado de trabalho e cortes de benefícios sociais, eliminando até o salário mínimo (restabelecido por Tony Blair em 1999).

Passando um tanto batido por boa parte desse contexto político, o filme retrata a ex-primeira ministra --que está com 86 anos--, como uma velha senhora abalada pela semi-senilidade, solitária e cercada de auxiliares mais empenhados em vigiá-la do que acolhê-la.

Despojada de sua glória, esta senhora fragilizada tem pouco mais a fazer do que recordar o passado, que ela não raro discute com o fantasma do marido, Denis (Jim Broadbent) - uma sombra dos bons tempos que parece recusar-se a abandoná-la.

As lembranças trazem de volta as imagens de uma jovem de província (interpretada nesta fase por Alexandra Roach). Filha de um comerciante, ela vem de baixo e vai abrindo seu caminho, à custa de muito trabalho e estudo, na prestigiada universidade de Oxford.

Por influência do pai e do marido, que foi um executivo da indústria petrolífera, Margaret entra para o reduto machista da política.

Apesar disto, com persistência e seguindo conselhos de alguns aliados, muda de penteado e impõe seu estilo, para tornar-se a primeira mulher a alcançar o cargo de primeira-ministra na Inglaterra.

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